Para todos aqueles que amam esta terra e adoram essa moldura verde em nossas vidas e contra a revogação feita em 2009 da Lei nº817 de 17 de junho de 1979, que declara área de preservação as Serras de São Simão.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Deslizamentos em São Simão-SP matam ao menos 80 pessoas



Desabamento na serra deixou 59 mortos; todas morreram soterradas

Interior - As fortes chuvas dos últimos dias de 2019 transformaram num cenário trágico um dos principais municípios históricos do Estado de São Paulo. O deslizamento de uma encosta atingiu uma pousada e catorze casas no Morro do Cruzeiro, na Serra de São Simão, matando pelo menos 49 pessoas. No mesmo município, outras 31 pessoas morreram em outro desmoronamento de terra, no Morro da Cachaça, favela que fica no extremo oposto ao Cruzeiro do alto da Serra, totalizando em pelo menos 80 o número de vítimas fatais da tragédia. Até o início da noite desta sexta-feira, 1º, bombeiros ainda trabalhavam em busca de outras vítimas ou sobreviventes.

Na Serra de São Simão, os bombeiros haviam resgatado pelo menos 45 corpos de turistas e vinte dois de moradores locais, informou o vice-prefeito da cidade.

Em todo o Estado do Rio, 52 pessoas já morreram em consequência da chuva dos últimos dias. De acordo com a Defesa Civil, Angra dos Reis vinha sofrendo com as chuvas desde a quarta-feira, 30, e já tem 1.800 pessoas desabrigadas.

Veja Também
IML de Ribeirão Preto identifica quatro dos 80 mortos em São Simão
Tragédia em São Simão ganha destaque na mídia internacional
Maioria dos hóspedes da pousada não escapou, diz vice-prefeito da cidade
Rio tem 19 mortes causadas por chuvas no Estado


Segundo os bombeiros, cerca de 65 pessoas que estavam hospedadas na Pousada Sankay, na praia de Bananal, na face continental da ilha, escaparam do incidente com vida. Casas vizinhas à pousada, que ficou totalmente destruída, também foram atingidas pelo deslizamento.

Entre os mortos está a filha dos proprietários da pousada com de 18 anos, e um casal de amigos dela ficaram sob os escombros e não resistiram. Os donos, escaparam com vida, mas ficaram muito abalados. A família deles, de São Paulo, não quis comentar a tragédia.

Mais de 100 pessoas, entre bombeiros, médicos e voluntários, foram mobilizados para a operação de resgate na cidade. Militares do Exército de Pirassununga também ajudaram. Helicópteros e UTI móveis foram empregados no transporte de equipamentos e de pelo menos 30 feridos.

O comandante geral do Corpo de Bombeiros de Ribeirão Preto, o subsecretário estadual de Defesa Civil, o secretário de Saúde e Defesa Civil da Capital, estão em São Simão e ajudam no trabalho de resgate.

"Existe muita dificuldade para fazer esse material todo chegar aqui, as pedras e árvores que caíram sobre a pousada e as casas são muito grandes", explicou o comandante geral do Corpo de Bombeiros, que chegou à São Simão ainda pela manhã. "Infelizmente, acreditamos que vamos ter um número ainda mais elevado de vítimas por conta desses desmoronamentos".

Desaparecidos

Autoridades envolvidas na operação estimam que pode haver pelo menos mais 25 corpos no Morro do Cruzeiro. No Morro da Cachaça, favela localizada no extremo da serra, dezenas de pessoas estariam desaparecidas sob escombros e uma grande quantidade de terra. Muitas delas seriam crianças. Oficialmente, até o início da noite desta sexta-feira, eram 31 os mortos em consequência do deslizamento de terra no local.

O trabalho de resgate na favela é delicado, pois existe a possibilidade de um novo deslizamento se a chuva persistir. À noite, as buscas por corpos ou sobreviventes tiveram de ser interrompidas.

Em estado de choque, moradores da Favela da Cachaça lamentavam a tragédia. De acordo com vizinhos, um ex-funcionário da prefeitura, conhecido como seu Zezinho, estaria soterrado com outras 13 pessoas de sua família - apenas uma teria escapado do desmoronamento. Ao todo, 800 pessoas foram retiradas do Morro da Cachaça e abrigadas em três escolas do município.

Desesperados, os sobreviventes deixaram rapidamente suas casas, todas de alvenaria e regularizadas pela prefeitura de São Simão, antes mesmo da chegada da Defesa Civil e dos bombeiros. Eles carregaram roupas e outros pertences, alguns eletrodomésticos e pequenos móveis.

Informações desencontradas também indicavam que em outra casa do Morro da Cachaça oito crianças estariam soterradas, juntas com o pai e a mãe.

"O clima aqui é de desolação, de pânico, os abrigos estão abarrotados e a toda hora surge um ou outro nome de alguém desaparecido", contou, por telefone, uma jornalista, que mora em São Simão.

Autoridades municipais estão foragidas

Autoridades municipais estão foragidas da cidade segundo informaram os jornais locais.

“Quando a tragédia foi anunciada por todos os jornais e emisoras de televisão, todo mundo deu o fora daqui, a cidade ficou sem prefeito, sem juiz e sem nenhum vereador pra assumir a culpa. Agora ninguém é culpado por nada”, desabafou um morador da Favela da Cachaça.

O trabalho de resgate na favela é delicado, pois existe a possibilidade de um novo deslizamento se a chuva persistir. À noite, as buscas por corpos ou sobreviventes tiveram de ser interrompidas.

ATENÇÃO: ESTA MATÉRIA É DE CARATER FICCIONAL

Um comentário:

  1. Se não cuidarmos, isso vai tornar realidade, pois estamos invadindo o espaço da natureza.

    Abraços conterraneo de Bento Quirino, agora morando em Piumhi- MG.
    Filho do Sr Vicente de Paula Morramos em Bento Quirino na decada de 60, sou sobrinho do já falecido José Augusto de Mello.
    Vitor dos Reis Paula - Militar reserva do Policiamento de Meio Ambiente da Policia Militar de Minas Gerais

    ResponderExcluir